quarta-feira, 10 de março de 2010

ALINHAMENTO ENERGÉTICO : um mergulho consciente no inconsciente

ALINHAMENTO ENERGÉTICO : um mergulho consciente no inconsciente



A cultura oriental diz, há milênios, que todos nós somos criados perfeitos, completos, plenos, que nós somos todos Um, que nós somos Deus.

Então poderíamos perfeitamente dizer que o ser humano é este Deus (ou Eu Superior, Centelha ou Presença Divina, ou ainda, Self, como diria Jung), “encapsulado" por uma personalidade.

Esta personalidade - que é o que, nesse momento, nos impede de experienciar conscientemente que nós somos o Eterno e Perfeito Um - é formada por uma quantidade incontável de registros psico-emocionais oriundos de todas as nossas experiências passadas.

Este conjunto de informações e registros experienciais - que os hindus chamam de samskaras, impressões - que é a personalidade, vai determinar a nossa auto-imagem (“quem eu acredito que eu sou”), as nossas personas (“quem eu quero/preciso que acreditem que eu sou”), os vasanas (tendências, padrões, hábitos, crenças) e os vrittis (os pensamentos, a atividade racional da mente).

E tudo isso é devidamente gerenciado em nós, enquanto seres humanos auto-limitados, pelo trio 5 sentidos / mente racional / ego que tem a função de fomentar e manter o estado de maya, isto é, o estado da ilusão da separatividade.

Considerando que a maior parte do que somos acontece em uma dimensão que Freud chamou de inconsciente, o que efetivamente acessamos como resultado da grande alquimia que ocorre nessa dimensão do inconsciente é a mente racional, intelectual, pensamentos (que os hindus chamam de vrittis), ou seja, um produto final prá lá de manipulado, resistido, controlado, defendido... Muito boa ferramenta para obtenção de cultura, conhecimento e informações, muito bom para lidar com o mundo material, objetivo, as relações, mas nada confiável para o autoconhecimento , para a Sabedoria, para o mergulho nas profundezas aonde se enraizam nossas mazelas - e aonde essa mente racional consciente não acessa (e que é o que nos impede de viver a verdadeira unidade e completude), e para o mergulho subsequente na dimensão holográfica da Unidade.

Podemos dizer que, sem sombra de duvidas, o que acessamos de nós próprios – a mente consciente, racional – trata-se de uma pequeníssima parte do que realmente somos. E esta parte de nós, opera fundamentalmente com a administração do passado e do futuro.

Assim, podemos ver que uma boa parte da nossa atividade interna, dispende um enorme tempo e energia ficando angustiada, revoltada ou deprimida, em função de um passado que efetivamente não pode mais voltar, e portanto, que não podemos mudar (mas que podemos mudar a forma de lidar com isso).

Outra boa parte de nossa atividade interna é gasta em ficarmos temerosos e ansiosos (pré-ocupados) com um futuro que além não podermos controlar, nós não sabemos se (e como) ele vem.

Então, quanto de nós sobra para viver conscientemente o presente, que é onde a vida acontece realmente ?

A personalidade é uma estrutura virtual que “hospeda” todas as nossas experiências. E estas experiências são constituídas de uma dimensão emocional (um “sentir”) e também um “roteiro” ( o “pensar”) - a história que orbita em torno da emoção, isto é, a nossa versão, o nosso ponto de vista sobre o que aconteceu e que nos fez sofrer.

E aí ficamos presos em uma trama virtual, construída por pontos de vista muitas vezes equivocados sobre o que nos aconteceu. Afinal, a maior parte das questões mais contundentes acontecem na infância, numa fase da vida em que não se tem a menor condição de avaliar a complexidade contextual do que estava acontecendo. E estes pontos de vista desequilibrados ficam retro alimentando padrões limitantes de sofrimento.

É importante não esquecer que sentir é muito mais preponderante na vida humana do que pensar. Para pensar você precisou nascer e aprender a falar. Mas para sentir, quando o sistema nervoso central é desenvolvido na fase de gestação, já começamos a agregar registros emocionais (isso sem falar do que já trazíamos na bagagem).

Porisso muitas vezes reconhecemos racionalmente determinado padrão em nós e mesmo assim, não conseguimos mudar. Porque a informação emocional que gera a crença ou padrão, está enraizada profundamente em nosso inconsciente.

Freud chamou de recalque, o “esquecimento” de coisas muito sofridas que vivemos no passado, especialmente na infância. Passamos por alguma situação impactante, e aí levantamos a tampa do porão, jogamos o que aconteceu dentro, fechamos a tampa e sentamos em cima, num movimento do inconsciente de nos proteger do sofrimento, levando a questão para o “esquecimento”.

Só que nada fica esquecido, apenas o conteúdo se desloca para um nivel inconsciente, mas continua vivo e em alguma hora vai se precipitar no plano fisico na forma de um padrão de comportamento, desequilibrios, couraças musculares, ou uma doença qualquer (a chamada somatização).

Hoje nós sabemos (quem viu “Quem somos nós?”) que o cérebro não reconhece a diferença entre presente e passado. Opera com os dois da mesma forma. E aí fica claro porque existem os traumas, porque os registros ficam sendo constantemente mantidos atualizados.

O cérebro é uma máquina perfeita, mas é uma máquina de repetição. E que vai estruturando rêdes de neurônios que juntamente com a quimica dos neuro transmissores vai dar suporte e atualização constante aos nossos registros passados, mantendo-os sempre atuais, até que sejam conscientizados, aceitos, compreendidos, transformados e integrados.

Mas como o Universo é auto-regulador e trabalha o tempo todo pela homeostase, se por um lado uma parte de nós funciona como repetidora das crenças e padrões – com a melhor das boas intenções de não deixar que o que nos aconteceu e nos fez sofrer, aconteça de novo - outra parte de nós trabalha para nos libertar desse ciclo limitante.

E a parte de nós que trabalha no sentido de nos curar, utiliza como um dos principais procedimentos, as recorrências, isto é, a repetição daquilo que não queremos entrar em contato, que não queremos mudar.

E o mais lindo, é que nosso próprio Eu Superior (Self), que é a mesma Inteligência imanente em toda a Criação, atrai para nossa vida exatamente as experiências, testes, provas, obstáculos e exercícios que necessitamos. Nós atraímos tudo o que é necessário para nosso crescimento. Não é preciso que tenha um Deus fora arbitrando castigos e recompensas. Deus está dentro de nós trabalhando pela nossa, como dizia Jung, individuação.

Mas, como também dizia Kardec, isto pode acontecer pela dor ou pelo amor.

Ou entramos na consciência, na aceitação e na ressignificação da nossa sombra e corremos atrás de assumir e melhorar nossa condição de seres humanos em evolução, ou ficamos atraindo recorrências de todo tipo.

Estas recorrências podem ser de situações específicas (traições, perdas, p.exemplo), de acidentes, de doenças, de interferência espiritual (energias intrusas), questões com conteúdos que vem de vidas passadas, questões profissionais, questões com padrões de relacionamentos que se repetem, ou seja, uma séries de procedimentos que o Eu Superior utiliza para piorar a sua vida, já que você não se toca e não muda.

Porque quando dói a gente presta atenção.

Muito conhecimento foi gerado ao longo de toda a história da Humanidade, no sentido de auxiliar o homem na limpeza e no reequilibrio da personalidade, e o consequente reconhecimento de sua natureza original.

Técnicas, métodos, terapias, centenas, milhares, foram desenvolvidas ao longo dos milênios, no sentido de se desenvolver um acesso consciente às outras dimensões (dimensões do inconsciente, dos sonhos, do mundo dos mortos e de outros seres) para que o homem possa otimizar o processo de ressignificação dos conteúdos, crenças e padrões oriundos do passado, que produzem sofrimento e limitação, e que se localizam em uma dimensão de nós que não acessamos no plano consciente.

Dentro do universo terapeutico, o Xamanismo aparece com - entre muitas outras coisas - uma importante contribuição para possibilitar a aceleração do processo de limpeza e reequilibrio dessa parte de nós de onde emergem tudo aquilo que somos na vida humana – o nosso inconsciente.

E o sexto sentido (também chamado de sensitividade, mediunidade, percepção extra sensorial, paranormalidade), através da técnica da canalização – uma outra forma de mediunização - é uma ferramenta altamente eficiente que possibilita o acesso à dimensão do insconsciente para reformatar na personalidade os registros que produzem padrões e crenças dolorosos e auto-limitantes.

Se consideramos que somos o Self e que este Self é o Uno Perfeito, emoções como medo, raiva, ansiedade, tristeza, não pertencem ao Self, pertencem à entidade virtual personalidade. O Self é, a personalidade está. Self é absoluto, personalidade é relativa.

Então, tudo aquilo que se “enraizou” em nosso inconsciente como registros, por exemplo, de medo, raiva, tristeza, baixa auto estima,em função de experiências passadas, podem perfeitamente ser transmutados na outra polaridade destas mesmas emoções (afinal o Universo não é bi-polar, Yin/Yang ?). E aí, coragem, poder de realização , alegria e alta estima – a outra polaridade daquelas emoções desequilibradas descritas acima - com certeza fazem parte da natureza essencial do Self.

O Alinhamento Energético (Fogo Sagrado) é uma terapia que foi desenvolvida à partir da vivência de um homem branco entre os indios brasileiros, e é fundamentada na utilização da sensitividade para acessar e trabalhar profundamente as questões inconscientes que produzem sofrimentos, doenças, bloqueios e limitações.

Quando esta limpeza e transmutação acontecem através da canalização, as velhas teias de neurônios no cérebro, que davam suporte aos padrões psico-emocionais que foram transmutados na terapia, se desconstroem, e novas teias de sinapses são produzidas para dar suporte e atualização aos conteúdos e emoções que foram reequilibrados e reintegrados.

Uma consulta individual acontece com 2 terapeutas, dura duas horas e é feita de 3 em 3 meses, no Espaço Saúde (Laranjeiras).

Além das sessões individuais, o Alinhamento Energético também pode ser feito em grupo, através das Rodas de Cura e da Terapia Transdimensional (integração do AE com Constelações Sistêmicas).

Todas as segundas-feiras às 20:00 acontece, no Espaço Saúde, um Grupo Permanente de Terapias. É um encontro informal e não sequencial, onde estaremos trabalhando profundamente ao longo do ano, com 3 técnicas altamente poderosas : Alinhamento Energético, Renascimento e Constelações Familiares, além de meditações, cantos sagrados e Yoga Nidra.

E ainda dá tempo de participar do Curso de Formação de Terapeutas de Alinhamento Energético - que começou em março - todas as quartas-feiras das 20:00/22:00 no Espaço Saúde (Laranjeiras) e sábados alternados no Espaço Aprender a Conviver (Copacabana) das 9:00/13:00. O curso vai de março à dezembro. Mais informações veja nos sites.

Nenhum comentário:

Postar um comentário