terça-feira, 27 de abril de 2010

RENASCIMENTO, o Prana como terapia

RENASCIMENTO
Prana e Pranayama como terapia

Renascimento é um trabalho respiratório profundo - que no Yoga se chama Pranayama - cujo objetivo é restabelecer e incrementar a livre e equilibrada circulação da energia vital, proporcionando expansão da consciência e, consequentemente, uma vida mais plena, saudável e feliz.
O Renascimento, a partir de uma respiração circular, conectada e vibrante, vitaliza poderosamente os sistemas nervoso, cardio-vascular, respiratório e imunológico, desbloqueia o fluxo da energia bem como das emoções reprimidas que provocam tensões e se somatizam na forma de desequilíbrios e doenças.
Os trabalhos respiratórios terapêuticos ficaram conhecidos através de Leonard Orr - que formatou a terapia do Renascimento (Rebirthing) à partir principalmente de seu aprendizado na India, e de Stanislav Grof, um dos pioneiros da Psicologia Transpessoal, e que desenvolveu a técnica da Respiração Holotrópica.
Para se ter uma idéia da enorme importância da respiração, no que diz respeito à nossa saúde psico-emocional, é interessante lembrar que o Yoga reconhece a profunda correlação entre a frequência da respiração e a frequência dos pensamentos, como, por exemplo, é dito na Bhagavad Gita “parece que dominar o coração ou a mente em suas inclinações e seus pensamentos, é tão difícil como reter um forte vento” .
Na meditação podemos sentir perfeitamente este princípio. Na medida em que a respiração vai se acalmando e diminuindo a sua frequência, a mente também vai diminuindo e silenciando o seu burburinho, e vice-versa.
Por outro lado, Wilhelm Reich, o pai da psicoterapia corporal, relacionava estreitamente a amplitude da respiração com a amplitude da experienciação dos sentimentos e das emoções.
Ele percebeu que contrair a musculatura e diminuir a respiração são dois dispositivos do complexo corpo/mente que são acionados para evitar-se sentir e entrar em contato com questões dolorosas e traumáticas.
E nestas situações, a energia – que Reich chamou de Orgon, os hindus de Prana, os chineses de Chi e os japoneses de Ki – tem sua circulação bloqueada, ocasionando desequilibrios e doenças de toda a espécie.
Levando-se em conta o fato de que tudo na criação universal é de natureza intrínsecamente dual, com a respiração ocorre o mesmo, e os atos de inspirar e de expirar expressam no nosso corpo e na nossa energia, esta dualidade sistêmica – inspirar é Yang, ativo, masculino, simpático, adrenalina, desejo ; e expirar é Yin, passivo, feminino, parassimpático, endorfina, relaxamento, entrega, desapego.
Um Mestre Hindu falou que “respirar é deixar a vida entrar”. Então podemos dizer, simbólica e energéticamente, que quando eu inspiro digo para o Universo : “Eu mereço, quero e posso tudo ao que eu tenho direito na qualidade de co-participante da Criação”. E quando eu expiro digo : “Eu me liberto e me desapego de tudo o que me limita na percepção e na experienciação de quem eu realmente sou – a Unidade”.
No Renascimento, produz-se uma situação de hiper-ventilação, que vai funcionar como um amplificador de energia e que vai agir como um verdadeiro “roto-rooter”, dissolvendo as couraças e os bloqueios e abrindo caminho para a livre circulação do Prana - a energia universal inteligente – que, diga-se de passagem, faz perfeitamente bem o seu trabalho sem que necessitemos tentar manipular ou controlar o processo. Muito ao contrário, apenas respiramos, relaxamos, observamos, e deixamos a energia inteligente trabalhar !
Nesta ambiência energética tão especial, experimenta-se um amplo processo de liberação das tensões corporais, e uma profunda limpeza, liberação e integração do material inconsciente subjacente às estas tensões e couraças. E este processo acontece em diversas fases de aprofundamento.
Num primeiro momento, a respiração geralmente vai trabalhar na dissolução das couraças musculares, frutos das nossas tentativas de - para não sofrer – resistir, tentar controlar e se defender do fluxo natural da vida, o que vai fazer serem represadas no corpo as emoções não conscientizadas e não aceitas, na forma de tensões crônicas. A respiração, nesta fase, é um verdadeiro aprendizado de relaxamento, entrega, não-controle e não-resistência.
Indo mais profundamente, acessam-se as emoções e sentimentos que estavam nos “bastidores” das couraças.
E em um nivel ainda mais profundo, são acessados os núcleos dos padrões limitadores, dos traumas e das questões que foram rejeitadas e reprimidas, liberando-os e integrando-os.
No Renascimento experimenta-se um estado alterado de consciência, onde muitas limpezas e transmutações podem ocorrer, como no caso de questões ainda não conscientizadas, liberadas ou integradas, oriundas da fase intra-uterina, do nascimento e/ou da primeira infância, e até de vidas passadas, e que ainda hoje estão produzindo sofrimentos e limitações.
Respirar energéticamente também é muito util como ajuda ao combate ao estresse e a depressão.
O processo de respirar consiste, em principio, de 10 encontros de 90 minutos cada um, uma vez por semana.
O Renascimento não é indicado para pessoas com problemas cárdio-vasculares graves, com doenças psiquiátricas sérias, pessoas muito idosas ou jovens antes da puberdade.

domingo, 18 de abril de 2010

Os Deuses hindús e os Mantras

OS DEUSES HINDUS E OS MANTRAS

No processo coletivo de busca pelo resgate de sua natureza original – a Unidade – a humanidade, entre outros procedimentos teológicos, ideológicos, psicológicos e filosóficos, criou os deuses a sua imagem e semelhança. Todas as culturas desenvolveram uma mitologia com sua profunda e complexa simbologia e funcionalidade.
Quando eu crio um deus, estou projetando fora de mim aquela qualidade, talento ou virtude que eu já possuo, não faço contato, penso que não tenho (embora inconscientemente saiba que tenha) e sinto que preciso de uma referência externa para me outorgar l estas qualidades (na verdade, seria para liberar em mim estas qualidades).
E aí eu idealizo um ser (com forma humana ou meio-humana) poderoso, e com uma super qualidade ou um super talento específico em alguma área, e me conecto com ele num jogo de espelho onde eu me reconheço naquela qualidade.
Os deuses funcionam nessa transferência como uma das muitas formas (os animais de poder, por exemplo, é uma outra forma) de puxar de dentro de nós as qualidades e talentos que pensamos que nos faltam.
E é claro, como tudo é Um, as mesmas virtudes e qualidades que estão dentro de cada um, estão em todo o Universo e são gerenciadas por energias inteligentes que habitam dimensões mais sutís, que na perspectiva do Hinduísmo são os deuses (como são, por exemplo, os anjos para os cristãos e os orixás para o povo africano).

Mantras são palavras de poder que tem a capacidade de mobilizar energia. Mantra quer dizer, em sâncrito, instrumento (tra) de pensar (man). Originalmente os Mantras eram em sânscrito que é um idioma antigo cuja fonética foi desenvolvida para criar vibrações e mobilizar energia, hoje temos Mantras em todos os idiomas pois o poder maior que move esta sagrada ciência do som, é a intenção.
Os Mantras hindus tem a ver com os deuses, e geralmente são compostos pelos nomes destes deuses. Na Índia, o nome de Deus tem uma importância vital na espiritualidade hindu.
Vamos falar das divindades mais importantes do panteão hindu e sugerir alguns Mantras. Estes Mantras podem ser usados na meditação silenciosa , podem ser cantados com a melodia que você quiser criar, e podem ser pensados em lugar de ficar com a mente viajando pelo passado e/ou pelo futuro que é como ela costuma ficar.

1. GANESHA :
É o deus com cabeça de elefante, filho de Shiva. Simboliza aquele que abre os caminhos, que remove os obstáculos, ou seja, simboliza nosso próprio poder de abrir nossos caminhos e remover os obstáculos.
Na Índia em todas as casas e todos os templos, tem uma imagem de Ganesha na entrada. Sempre que se vai iniciar qualquer coisa, reza-se ou canta-se para Ganesha.
Ganesha traz a coragem, a determinação, a objetividade.
Este deus também tem a ver com o Conhecimento, pois mitológicamente Ganesha é aquele que compilou os Vedas que iam sendo ditados por um sábio, e que os escreveu usando um pedaço de sua própria presa como “lápis”.
Está relacionado ao Chakra Muladhara.
Está relacionado à Kriya Shakti, o poder de agir, que rompe o Brahma Granthi (o nó psico-emocional relacionado ao Muladhara chakra)

Mantras :

- Jaya Ganesha, Jaya Ganesha, Jaya Ganesha Pahimam
Shri Ganesha, Shri Ganesha, Shri Ganesha Rakshamam
(Salve Ganesha, Salve Ganesha, Salve Ganesha Proteja-nos
Senhor Ganesha, Senhor Ganesha, Senhor Ganesha Salve-nos)

- GANESHA SHARANAM, SHARANAM GANESHA (4 x)
VAGISHA SHARANAM, SHARANAM VAGISHA (4x)
SARISHA SHARANAM, SHARANAM SARISHA (4x)

- OM SHRI GANESHAYA NAMAHA
(Eu saúdo o Senhor Ganesha)

- OM SHRI MAHA GANAPATAYE NAMAHA ou
OM GAM GANAPATAYE NAMAHA
(Eu saúdo o Grande Senhor Ganesha)


2. RAMA
Rama é o personagem principal de um grande épico hindu chamado Ramayana que conta a história do filho de um rei que é envolvido em uma intriga familiar e é exilado por 12 anos na floresta com seu irmão e sua esposa, Sita, que é raptada por um demônio. O épico centra-se na recaptura de Sita das mãos do demônio.
Rama simboliza na Índia, o arquétipo da ética, da virtude, da verdade e da justiça, da honestidade, da responsabilidade e do dever.
Todos aqueles que tem algum cargo de poder, os pais, os políticos, os professores, os chefes, os patrões, os militares, devem se espelhar no ideal de Rama.
Está relacionado ao Chakra Manipura e a Kriya Shakti, o poder de agir .

Mantra :

SHRI RAMA, JAY RAMA
JAY, JAY, RAMA OM
SHRI RAMA , JAY RAMA
JAY, JAY, RAMA OM
(Senhor Rama, Salve Rama...)


3. KRISHNA
Krishna é a grande divindade hindu do Amor, um dos grandes inspiradores da Bhakti Yoga (Yoga da devoção, o amor Universal).
É o mais importante avatar (encarnação) de Vishnu, o deus que representa a segunda pessoa - o princípio Conservador - da Trindade hindu (os outros são Brahma, o princípio Criador e Shiva, o Destruidor, é o grande “ Lavoisier” cósmico…)
Krishna traz a alegria, aleveza, o canto e a dança, a amizade, os sentimentos e as emoções, as relações.
Está relacionado aos Chakra cardíaco (Anahata) e laríngeo (Vishuddha) e a Iccha Shakti, o poder de desejar que rompe o Vishnu Granthi (o nó psíquico do Anahata Chakra).

Mantra :

HARE KRISHNA, HARE KRISHNA
KRISHNA, KRISHNA
HARE, HARE.
HARE RAMA, HARE RAMA
RAMA, RAMA
HARE, HARE.
(Salve Krishna, Salve Krishna…)



4. SHIVA

Shiva é o grande Senhor do Yoga, e o grande inspirador do Tantra, do Hatha Yoga (Yoga do físico e do energético), do Jnãna Yoga (Yoga do Conhecimento e da Sabedoria) e do Raja Yoga (Yoga da Meditação).
Shiva é o grande arquétipo da transformação, da destruição do velho, do estagnado.
Shiva gerencia tudo o que tem à ver com a mente, com a sensitividade, com o inconsciente, com doença e cura, com morte e reencarnação.
Como personificação do asceta, do yogue, Shiva tem a ver com a meditação , com a renúncia e com a introspecção.
Está relacionado ao Chakra Ajña e a Jñana Shakti, o poder de conhecer, que rompe o Shiva Granthi (o nó psíquico de Ajña chakra).
Mantra :
OM NAMAH SHIVAYA
(Eu saúdo Shiva)


5. AS DEUSAS

- SARASWATI : Esposa de Brahma, o Criador, é a deusa das artes, dos estudos, do conhecimento, da inteligência.
Mantra : OM AIM SARASWATIAI NAMAHA
(Eu saúdo Saraswati)

- LAKSHMI : Esposa de Vishnu, o Conservador, é a deusa da fortuna, da abundância (material e espiritual), da fartura.
Mantra : OM SHRI MAHA LAKSHMIAI NAMAHA
(Eu saúdo à Grande Senhora Lakshmi)
- DURGA : Um dos aspectos da esposa de Shiva (os outros aspectos são Parvati e Kali) que está relacionada com a transmutação da sombra em Luz, do mal em bem. Durga é a guerreira, a deusa que destrói os demônios internos e restabelece o equilíbrio.
Mantra : OM SHRI DURGAYAI NAMAHA
(Eu saúdo à Senhora Durga)

terça-feira, 13 de abril de 2010

As Quatro Direções e os Animais de Poder no Xamanismo

AS 4 DIREÇÕES E OS ANIMAIS DE PODER NO XAMANISMO

Nas tradições xamânicas, assim como nas orientais, a religião, a filosofia , e toda a vida gira em torno da idéia da Unidade. De que toda a Criação é um só organismo, totalmente interligado, interagente e interdependente. E absolutamente consciente. Uma grande teia inteligente.
E esta é outra idéia central do Xamanismo (e do Oriente) : que toda a Criação é consciente. Os minerais, animais, vegetais, seres humanos (e todos os outros que provavelmente existem), todos os átomos do universo, todos expressam - cada um segundo sua natureza - a mesma eterna Consciência.
Dentro desta perspectiva, podemos dizer que todo o Universo está dentro de nós, que não há nada fora de nós que não tenhamos (ou que não saibamos) e de que realmente necessitemos (até de comida tem gente que já prescinde...).
O que necessitamos é nos (re)lembrarmos de nossa Natureza Real, a Unidade. Nossa co-existência consciente como co-criadores do Universo.
Quando a humanidade criou as Mitologias seus deuses e símbolos, o que se estava fazendo na verdade, era colocar fora do homem o que ele já tem dentro mas não entra em contato, não desenvolve. Poderes, talentos, qualidades, capacidades, virtudes. Aí criamos personagens-símbolo arquetípicos que vão espelhar para nós o que pensamos que não temos, e que pensamos que pode vir de fora, que pode nos ser dado por alguém.
Quando eu adoro um deus, ou peço uma qualidade de um Animal de Poder ou de uma Direção, estou na verdade, puxando de dentro de mim mesmo estas mesmas qualidades.
E é claro, como tudo é Um, as mesmas virtudes e qualidades que estão dentro de cada um, estão em todo o Universo e são gerenciadas por energias inteligentes, que na perspectiva do Xamanismo, também são experienciadas como os Animais de Poder.
Na cultura Hindu, estudando-se os Chakras, podemos ver que cada Chakra está relacionado a um animal. E no Hatha Yoga, temos inúmeras Asanas inspiradas em plantas e em animais.
Considerando que toda a criação é Consciência e movimento (ou permanência e impermanência, ou ainda, absoluto e relativo), todas as tradições se ocuparam em compreender e codificar este complexo movimento universal criando diversos sistemas dialéticos, e também em entender e instrumentalizar o uso da energia cósmica, produzindo diversas leituras, métodos e técnicas.
O que vamos focar aqui é o sistema desenvolvido pelas tradições nativas norte-americanas com a sabedoria das 4 Direções e dos Animais de Poder.
A Roda de Cura , fisicamente falando, é uma roda de pedra com os 4 Pontos Cardeais demarcados. Esta formação geométrica tem a capacidade de funcionar - assim como acontece com as pirâmides – captando, concentrando e distribuin do Energia.
Simbolicamente, a Roda de Cura representa a Roda da Vida com seu eterno movimento , fases , significados e simbolismos característicos.

1. Leste : Índio começa contando do Leste (o Oriente), que é de onde vem o Sol, a Luz. O Leste é o início. O início da vida na fase do nascimento e da primeira infância. É a Primavera, o inicio do ciclo das estações. É o elemento Fogo. A cor amarela. O Leste está relacionado ao nível espiritual, e ao princípio masculino.
É a Direção da Águia.
A Águia é o ser vivo que voa mais alto e chega mais perto do Sol (da Luz). A Águia decola de dentro do burburinho dos eventos da vida, e de cima, observa de forma ampla e neutra a panorâmica destes eventos. Sem envolvimento emocional (mas sem negar as emoções) e consciente da transitoriedade deles. E quando mira um objetivo, mergulha nele, absolutamente concentrada, captura a presa e volta para a perspectiva do alto.
A Meditação treina muito bem a mente para este tipo de funcionamento : aprender a observar sem julgar.
O Leste representa o arquétipo do Visionário.
2. Sul : O Sul é a Direção da juventude, da alegria, do jogo de cintura, da criança interior. É a Direção do elemento Água, das emoções, dos sentimentos. O Sul está relacionado ao nível emocional. A cor vermelha. E também ao Verão, a época da vida em que se está com mais energia, mais calor, mais explosão. O Sul tem como animais principais, o Coiote e o Golfinho. O Coiote é o “divino trapaceiro” sempre pronto a nos dar uma rasteira quando nosso ego infla, é a chamada “ironia do destino”. O Golfinho fala do alegre fluir das emoções (da água), consciente da impermanência da vida.
Representa o arquétipo do Guerreiro.

3.Oeste : O Oeste é a Direção que se relaciona com o inconsciente, com os processos terapêuticos e a cura, com a Meditação, com os estados transpessoais, com o mergulho interno. É a direção que expressa o princípio feminino. Fala do elemento Terra e do Outono, a fase adulta da vida.
A cor é o negro.
O Oeste está relacionado também ao nível físico da existência, a saúde.
O Animal desta Direção é a Ursa, animal que parte do tempo está na superfície, no mundo externo, e parte do tempo entra na caverna , no silêncio do mundo interno e no contato com as outras dimensões.
Representa o arquétipo do Curador.

4. Norte : é a Direção que tem a ver com os Mestres e com a ancestralidade. Tem a ver com a Sabedoria e com o Conhecimento. É a direção da ultima fase da vida, onde já se tem o que ensinar para as gerações seguintes.
Relaciona-se com o elemento Ar , com o Inverno e com a cor branca.
O Norte também está relacionado ao nível mental.
O Animal do Norte é o Búfalo, com suas quatro patas bem conectadas com a Terra e os chifres conectados com o Céu.
Representa o arquétipo do Mestre.


Como utilizar na prática estas informações :

Sempre que você necessitar acordar dentro de você alguma qualidade , talento ou virtude e ser auxiliado pelos Guardiões destas qualidades nesta tarefa, você pode, p.ex., meditar de frente para a Direção que você quer a inspiração e a ajuda (ou imaginar que você está de frente para a direção, se você não tiver como saber) para liberar esta qualidade ; ou pode dançar para a Direção. Ou pode vestir o manto do Animal, imaginando que o Animal se sobrepõe à você vibrando aquelas qualidades e características desejadas.
Já falamos de alguns Animais quando falamos das direções.
Alguns outros Animais mais representativos :
- Beija-flor : fala da alegria, da leveza, do amor, de sugar o néctar (captar a essência). O beija-for é o único pássaro que para no ar e dá marcha-ré. E proporcionalmente, é o animal que tem o maior coração de todos os vertebrados. Simboliza a capacidade de ter estratégia, flexibilidade, transmutar o denso com alegria e bom humor.
- Cobra : a cobra fala do tato (a cobra não ouve nem enxerga muito bem, mas sua sensibilidade táctil é impressionante, além de ter seu corpo quase totalmente em contato com a terra todo o tempo), da transformação (da troca de pele), do bote certo no alvo, de administrar bem seu próprio “veneno”, de estabelecer limites.
- Formiga : assim como o Urso, a formiga fala da vida na superfície (no exterior) e dentro da terra (no interior). Mas enquanto o Urso representa o individual, a formiga representa o coletivo, a cooperação, as relações.
- Lobo : representa o professor, aquele que ensina. O lobo, assim como o cão, também tem uma forte relação com o coletivo, com a matilha, a alcatéia. Mas também tem um aspecto solitário, uivando para a Lua (as emoções, o feminino, as outras dimensões), com quem vai aprender para deposis compartilhar com o grupo. O cão também representa a fidelidade e o supremo desapego de dar a própria vida por uma causa.
- Gato : A flexibilidade, a paciência e a concentração no objetivo, A consciência do seu próprio poder. A independência e o desapego.
- Cavalo : a força e a capacidade de trabalho, a velocidade, a virilidade, a lealdade, o sentido de clã. Segundo algumas tradições está relacionado com a Direção Oeste, e segundo outras, é o animal que faz a conexão entre as 4 Direções.
- Coruja : o mergulho no oculto, no inconsciente , na sombra (na noite). A coruja também está relacionada ao Mestre, ao professor, e consequentemente ao Conhecimento (oculto) e à Sabedoria.

- Golfinho : é um aliado mágico, tem o poder de canalizar o que o outro está sentindo. Traz a alegria, a inteligência, a serenidade, simpatia, capacidade de mergulho interior trazendo para a superfície com leveza estes conteúdos.
-Macaco: risos, alegria, comunicação e criatividade. Ele é extremamente despreocupado, é simplesmente feliz. Capacidade de mudar a qualquer momento, flexibilidade.
-Pantera: é um aliado elegante, misterioso e atraente, tem concetração, paciência e atenção durante muito tempo, observa tudo ao seu redor. Tem enorme poder de explosão, e total consciência e confiança neste poder. Simboliza também proteção dos mundos densos. Fica brava quando irritada, e sem que sua presa perceba é capaz de dominá-la.
- Leão: simboliza o Sol, o centro de tudo, expansão da Luz, força, beleza, poder, justiça e liderança.
- Morcêgo: trabalham com a escuridão da noite.Tem olfato e audição potencializados, e gostam de sugar energia.Tem espírito de banco de ajuda, ou melhor, quando um ajuda o outro, o ajudado fica devendo ao ajudante sabendo que compensará mais tarde o ajudando também.
- Borboleta: é a grande mágica do universo, simboliza a transformação, beleza, leveza, mudança radical na vida, expressão total do potencial e da beleza.
- Pomba: leva mensagens especiais de paz e amor e simboliza o Espírito Santo.
- Gaivota: dom da contemplação, poesia, encantamento, e inspiração com a vida.
- Falcão: é o grande mensageiro, nos informa o que vem no caminho, se é a tormenta ou é a paz, nos deixando preparados para ambos.

- Tartaruga: é o puro contato com a mãe Terra, boa relação com o tempo, sensação de vida eterna, sem pressa. A tartaruga carrega sua casa, simbolizando a nossa capacidade de mergulhar para dentro e encontrar nossa casa.
- Baleia: é a sobrevivente ermitã, com grande poder de adaptação. Sábia, mãe, amiga e irmã. Nos ensina a enfrentar tudo com força e sutileza ao mesmo tempo. Fala do conhecimento ancestral, atávico, que repousa no fundo do mar. O inconsciente coletivo. Desliza sobre as águas quase sem ser percebida apesar de seu tamanho e seu peso. Pessoas com esta aliança possuem sabedoria emocional.