quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A mediunidade como terapia

.Alinhamento Energético (Fogo Sagrado)
A mediunidade como terapia

A Natureza dotou o ser humano de 6 sentidos para que ele pudesse ter eficientes ferramentas para caminhar e crescer na vida rumo ao seu objetivo maior, a experiência da Unidade. Aqueles 5 sentidos que aprendemos na escola (audição, tato, paladar, visão e olfato) que são excelentes ferramentas para se lidar no mundo material, e um sexto sentido – também chamado de intuição, mediunidade, paranormalidade, sensitividade, percepção extra-sensorial, canalização - que a nossa cultura (em função da religião e da ciência dominantes) ignorou.

Se a perspectiva milenar compartilhada pela maior parte das antigas culturas e civilizações (como por exemplo os orientais, os africanos e os povos nativos das Américas) – e agora amplamente corroborada pela Física Quântica – é de que o Universo, a Criação, é um fenômeno multidimensional, a função do sexto-sentido é possibilitar-nos o acesso consciente a esta vida multidimensional, para que possamos expandir e aprofundar com mais eficiência o nosso movimento evolutivo.

Da mesma forma que cada um dos 5 sentidos físicos pode experimentar uma gama bastante ampla de sensações , percepções e funções, com o sexto-sentido dá-se o mesmo. Por isso xamãs treinam para estar consciente nos sonhos, pessoas treinam para sair conscientemente do corpo, para acessar vidas passadas, para acessar os registros do inconsciente coletivo, a dimensão dos desencarnados, dos elementais, dos extra-terrestres, etc.

Em nossa cultura cristã-ocidental, Allan Kardec na França (séc.19), foi o pioneiro na sistematização do uso do sexto sentido (que ele chamou de mediunidade) para estabelecer um canal de comunicação entre o mundo dos espíritos encarnados e o dos desencarnados. Ele chamou esta tecnologia de Espiritismo.

Praticamente na mesma época, na Áustria, o Dr. S. Freud teve o grande insight de mergulhar no que ele chamou de inconsciente para entender e ajudar o homem a desvendar e resolver a questão do sofrimento. Mas o grande doutor (que não era xamã nem oriental) só dispunha, segundo sua cultura e seus conhecimentos, dos 5 sentidos físicos, da mente racional e da linguagem verbal, que não são as ferramentas mais adequadas para se operar em níveis que não são tridimensionais nem temporais.

Por isso, em Psicoterapia, (especialmente em Psicanálise) os processos terapêuticos podem demorar. E isto não é uma crítica, pois na maior parte das vezes é realmente necessário que se demore mesmo, pois através do desdobramento do verbal e do racional, o terapeuta vai facilitando habilmente ao cliente a desconstrução gradativa da intrincada rede de resistências, controles e defesas que vamos construindo ao longo de nossa(s) vida(s) para não acessarmos nossas dores, até chegar-se ao contato com os conteúdos e seus núcleos, e aí efetuar sua catarse e sua re-significação. E tudo isso normalmente tem que ser lento mesmo, pois não se pode sair detonando as defesas das pessoas, que muitas das vezes é o que ainda as mantém vivas.

Por outro lado, no Brasil, tivemos o desenvolvimento da Umbanda, numa integração dos cultos africanos com o catolicismo, o Espiritismo e as culturas indígena e oriental, e que também utiliza a mediunidade como uma ponte de contato entre das dimensões dos vivos e dos mortos.

Mas antes da Umbanda porém, tivemos a introdução das religiões e cultos africanos - que são chamados genericamente de Candomblé, e que ao contrário do Espiritismo e da Umbanda, não focam prioritariamente a utilização do sexto sentido para trabalhar com os espíritos dos desencarnados, e sim para incorporar e manifestar as forças da Natureza - as energias arquetípicas chamadas Orixás, e compartilhar do seu Axé.

No caso do assunto aqui em questão, a terapia Alinhamento Energético (Fogo Sagrado) utiliza a canalização como ainda uma outra forma de se trabalhar com o sexto sentido.

Aqui, o objetivo não é utilizar a ferramenta da mediunidade para se incorporar espíritos desencarnados ou Orixás. No Alinhamento Energético o canalizador incorpora emoções, traumas, sistemas de padrões e crenças dolorosas e auto limitantes, e energias desequilibradas vindas de vidas passadas ou das gerações antepassadas do cliente.

Este tipo de canalização tem a capacidade de abrir uma via direta de acesso ao nível inconsciente e de “desinstalar” do sistema psico-emocional as programações em desequilíbrio (chamadas neste trabalho de “corpos energéticos”, e também chamadas de samskaras e vasanas no Yoga), e depois de “reinstalar” estas programações devidamente re-equilibradas e harmonizadas (chamadas “corpo em Luz”).

Da mesma forma como em um Centro Espírita de cura quando uma pessoa vai com uma doença para ser operada, o médium incorpora um médico desencarnado e faz uma cirurgia espiritual (sem corte) no órgão que está doente, na terapia do Alinhamento Energético o canalizador incorpora e manifesta os conteúdos psico-emocionais em desequilíbrio no cliente, promovendo também uma verdadeira cirurgia energética no inconsciente.

Preferimos chamar o terapeuta de Alinhamento Energético de canalizador, e não de médium, não só para diferenciar a utilização que damos ao sexto sentido - incorporar mediúnicamente energia psico-emocional - das linhas que trabalham com incorporação de desencarnados, como também porque mediunizar desencarnados e canalizar emoções, acontecem em áreas diferentes do cérebro e da estrutura dos energética dos chakras.

Foi esta a percepção que Aloyzio Delgado Nascimento = brasileiro, sensitivo, agrônomo e farmacêutico - teve ao observar os trabalhos de cura dos pajés nas diversas tribos em que ele interagiu, no norte e no sul do Brasil, durante 15 anos : a utilização do sexto sentido, da mediunidade, não só para interagir com desencarnados e com as energias da Natureza, mas também para limpar o inconsciente e transmutar os desequilibrios da energia psico-emocional que está na causa das doenças físicas, psico-emocionais e sociais.

Destas suas observações e estudos, e a partir do “convite” de uma Egrégora - que se denominou “Ministério de Cristo” - que se ofereceu para dar suporte espiritual e energético ao que seria uma readaptação da tecnologia dos pajés para o mundo do homem branco, Aloyzio desenvolveu a terapia do Alinhamento Energético, e após sua morte em 2002, a terapeuta sensitiva carioca Monica Oliveira – que trabalhou por anos com Aloyzio até a morte deste – expandiu o trabalho e o chamou de Fogo Sagrado : um trabalho terapêutico de origem xamânica, mas feito em consultório sem nenhum ritual nem nenhuma conotaçãp religiosa.

O sexto-sentido não é um dom, não é um privilégio ou capacidade de apenas algumas pessoas especiais.

Também não é um poder sobrenatural (como são os siddhis do Yoga). Ao contrário, é um sentido absolutamente natural que está mais ou menos adormecido em nós e em nossa cultura (diferente do que ocorre nas culturas orientais, africanas e nativas), e que pode ser resgatado para otimizar a eficiência do crescimento evolutivo pessoal e da Humanidade.

Esta forma de utilização do sexto sentido – a canalização – como ferramenta altamente eficiente para se acessar de forma rápida a dimensão psico-emocional e energética do ser humano não é, obviamente, uma exclusividade da terapia do Alinhamento Energético (Fogo Sagrado), e tem - especialmente nos últimos 20 anos - surgido em todo o mundo na forma de diversas terapias (muitas delas oriundas direta ou indiretamente das tradições xamânicas), como mais um movimento inteligente da Gaya para acelerar o processo evolutivo do ser humano nestes tempos tão decisivos para a Humanidade.

Esta terapia não pretende ser melhor do que as outras nem vem para substituir nenhuma técnica terapêutica existente, e sim, para ajudar a criar ainda mais sinergia, e podendo pode ser integrada com qualquer outro tipo de terapia ou de trabalho espiritual.